'Impossível é Deus pecar', diz Lula em
balanço de oito anos de governo
'O resto, tudo pode acontecer', afirmou presidente em cerimônia em Brasília.
Ministros dos dois mandatos participaram de ato no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, durante cerimônia de balanço dos oito anos de governo nesta quarta (15). no Palácio do Planalto, que a única coisa impossível "é Deus pecar". Ele se referia à capacidade de realização do governo. Participaram da cerimônia ministros dos dois mandatos de Lula. O balanço será registrado em cartório.
“A única coisa impossível é Deus pecar. O resto, tudo pode acontecer”, disse. Ele afirmou que vai entregar o balanço do governo para imprensa, para “eles perceberem o quanto perderam de cobrir coisa boa do governo”.
Segundo o presidente, os jornalistas costumam retratar aspectos negativos do governo porque “ construir tem menos apelo que destruir.”
“A imprensa vai receber isso aqui. Quero que todo mundo receba para eles perceberem o quanto eles perderam de cobrir coisa boa do governo. [...] Não é no Brasil é no mundo inteiro. Em qualquer país do mundo a imprensa ela cobre o que tem mais apelo à sociedade e, às vezes, o construir tem menos apelo que o destruir.”
O presidente afirmou que seu governo “transformou o combate à fome em uma causa nacional” e hoje, de acordo com Lula, "o povo está comendo a toda hora, que nem pintinho de granja”.
Senado aprova salário de R$ 26,7 mil para parlamentares e presidente.Por ser decreto legislativo, projeto não precisa de sanção presidencial.
Senado aprova salário de R$ 26,7 mil
para parlamentares e presidente
Senado aprova salário de R$ 26,7 mil para parlamentares e presidente.Por ser decreto legislativo, projeto não precisa de sanção presidencial.
Atualmente, parlamentares recebem R$ 16,5 mil e presidente, R$ 11,4 mil.
O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (15) a elevação para R$ 26,7 mil do salário dos parlamentares, do presidente da República, do vice e dos ministros de estado a partir de 1º de fevereiro de 2011. O valor corresponde à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal, teto do funcionalismo público federal.
Por se tratar de decreto legislativo, a proposta não precisa passar pela Presidência da República e entra em vigor assim que for publicada.
A tramitação ocorreu rapidamente. Pela manhã, a Mesa Diretora da Câmara encaminhou a proposta ao plenário sem que o tema fosse tratado em reunião do colegiado.
No plenário da Câmara, a proposta ganhou regime de urgência com 279 votos a favor, 35 contra e 5 abstenções. A aprovação do mérito foi simbólica na Câmara, e o projeto ficou pronto para ir ao Senado.
Cerca de duas horas após a Câmara votar a matéria, o projeto já estava na pauta do Senado. Apenas os senadores Marina Silva (PV-AC), Álvaro Dias (PSDB-PR) e José Nery (PSOL-PA) se manifestaram contra a proposta, que foi aprovada de maneira simbólica.
Com a mudança, os deputados e senadores terão um reajuste de 61,8%, uma vez que recebem atualmente R$ 16,5 mil. No caso do presidente da República e do vice, o reajuste será de 133,9%. Atualmente, o presidente recebe R$ 11,4 mil. O aumento dos ministros será maior ainda - eles ganham atualmente R$ 10,7 mil.
Embora o valor seja o mesmo, os salários reajustados não serão equiparados com os ministros do STF porque para isso é necessário uma emenda constitucional. Dessa forma, não haverá vinculação. Por isso, os salários do Legislativo e do Executivo não subirão necessariamente junto com os do Judiciário.
Uma proposta em tramitação no Congresso eleva os salários dos ministros do STF para R$ 30,6 mil, mas ainda não há perspectiva de votação.
Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%.
Um dos articuladores da votação do projeto, o primeiro vice-presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), que foi escolhido nessa terça-feira (14) por seu partido para ser candidato ao comando da Casa, afirmou que no início da próxima legislatura será protocolada uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) equiparando totalmente os salários dos três poderes.
De acordo com Maia, essa mesma PEC vai propor o fim do efeito cascata, desvinculando os salários de legislativos estaduais e municipais, por exemplo.